AULA DE DESENHO
por Luci Eyers
TODOS OS DIAS DE SEGUNDA A SEXTA
10:00 – 13:00
Estas oficinas de desenho têm duas intenções: observar atentamente Marvão através do desenho, enquanto caminhamos, olhamos e escutamos a vila; e encontrar formas de traduzir o som para uma correspondência de formas visuais.
Na primeira metade de cada aula vamos passear por parte da vila tomando nota dos detalhes visuais que nos chamam a atenção e escutando os sons em redor.
De volta à Casa da Cultura, trabalharemos com um músico para desenvolver uma variedade de respostas visuais que combinem com o seu instrumento e a variedade de sons que ele produz. O objectivo é desenvolver impressões visuais intuitivas em vez de qualquer notação literal.
Através desses exercícios de desenho, poderemos explorar diferentes modos de usar um lápis para responder à paisagem e ao ambiente sonoro, por via de esboços, anotações e marcações.
Limite de participantes por aula: 10
Materiais incluídos / Não é necessária experiência prévia em desenho / Participantes maiores de 16 anos.
Participação gratuita mediante inscrição prévia em
info@marvaomusic.com
Luci é pintora e educadora, e directora da Eye to Pencil – uma escola de desenho interdisciplinar em Londres. Estudou na Slade School of Fine Art, em Londres, graduando-se com a Bolsa Henriques. Em 2012 participou do programa de estúdio na Turps Art School, depois de ter leccionado nesta instituição.
Luci trabalha predominantemente em aquarela com imagens provenientes da sua imaginação, embora o desenho, no seu sentido mais amplo, seja, desde sempre, uma parte importante da sua prática. O desenho e o sentido do esboço são um eixo central no seu trabalho.
APRESENTAÇÃO
“CLAUSURA”
de Pedro Calapez
Instalação artística | Colecção António Cachola
Cocktail de boas-vindas e conversa com o artista
2021, instalação com estruturas metálicas e 4 telas 215 x 125 cm e 2 superfícies de acrílico espelhado 215 x 125 cm
Curadoria:
Ana Cristina Cachola
Clausura (2021) é um especial dispositivo, uma máquina radical, de visão. A peça é uma estrutura quadrangular de estantaria de armazém comercial sem qualquer vocação esteticizante. Virada para um espaço interior, sustém um conjunto de quatro telas e dois espelhos. Nenhuma das diferentes imagens assim enclausuradas se consegue ver frontalmente, todas resistem ao olhar que lhes deitamos e todas são campos de enorme instabilidade. Essa instabilidade nasce de vários factores: cada um dos quatro pontos de observação (colocados nas quatro arestas da estrutura) nos oferece uma visão diferente do conjunto mas os espelhos desencontrados que preenchem metade dos dois lados maiores da estrutura acrescentam, com as suas qualidades de reflexão, inúmeras possibilidades àquela variabilidade original.
João Pinharanda, 2021
Calapez começou a participar em exposições nos anos 70 (primeira individual em 1982). O seu trabalho tem sido mostrado em diversas galerias e museus tanto em Portugal como no estrangeiro. Algumas das suas exposições individuais: Campo de Sombras, Fundació Pilar i Joan Miró, Mallorca (1997); Obras escolhidas, CAM-Fundação Gulbenkian, Lisboa (2004); piso zero, CGAC- Centro Galego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela; “There is only drawing”, Fundação Luís Seoane, Corunha, Galiza (2013); “O Segredo da Sombra”, Fundação Carmona e Costa, Lisboa (2016); “Perto da margem”, Museu da Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva, Lisboa (2021); “Deste espaço iluminado e obscuro”, Museu Santa Joana, Aveiro (curadoria Museu Serralves). Calapez encontra-se representado em diversas colecções nacionais e internacionais.